1 de abril de 2013

O que é o Ofício das Trevas?

É um Ofício Litúrgico antiquíssimo, que remonta ao Século XV e é apreciado por toda a Igreja. Compõe-se de leituras, lamentações, salmos e preces penitenciais, aos quais se juntam lições. Todo o belíssimo texto é retirado da Liturgia das Horas (Ofício de Leituras, Laudes, Meridiano, Vésperas e Completas) e rezado junto com a Comunidade, em diversas Igrejas do Mundo, na Semana Santa.
Tradicionalmente, os ritos começam na Quarta-Feira Santa, à noite, continuam na Sexta-Feira da Paixão e encerram-se no Sábado de Aleluia.




Assim se chama devido a três situações de trevas:

O Ofício de Trevas mostra, de forma bastante clara, a figura do Servo Sofredor. Junto a Ele, colocamo-nos rezando e meditando os Sofrimentos de Sua Paixão e Morte na Cruz. Representa o luto e a escuridão a que ficou sujeita a Terra diante da Morte de Cristo. É um forte momento de Oração e Reflexão da vida e da Missão de Cristo, que conduz os fiéis à Meditação da Palavra de Deus.

Durante a Celebração do Ofício de Trevas, a Igreja fica às escuras, tendo todas as suas luzes apagadas, e é aceso o tenebrário: um candelabro em forma triangular, com quinze velas, que representam os 150 salmos da Bíblia. A vela do Vértice representa o Cristo; as demais representam os onze Apóstolos e as três Marias. À medida que os salmos vão sendo cantados, as velas vão sendo apagadas. Mantém-se acesa apenas uma, que simboliza a Luz de Cristo e a esperança de sua Ressurreição. A escuridão do templo, em quase total penumbra, representa a escuridão da humanidade e o abandono sentido pelo Redentor do Mundo no Horto das Oliveiras.
Essa última vela é retirada e escondida atrás do Altar, como se, por alguns dias, Cristo se deixasse vencer pelos poderes das trevas, até que ela é colocada no mesmo lugar, indicando que Jesus ressuscitou.


1) As trevas naturais, da meia-noite ao amanhecer, horas destinadas à recitação do Oficio. Lembram as palavras de Cristo, preso nas trevas da noite: “Haec est hora vostra et potestas tenebrarum” [Esta é a vossa hora e do poder das trevas (Lc 22, 53)];
2) As trevas litúrgicas, quando, durante as cerimônias da Paixão, se apagam todas as luzes da Igreja; e
3) As trevas simbólicas da Paixão de Cristo.


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